domingo, 12 de junho de 2022

Sobre estar em paz. . .

Eu poderia começar a falar de mim, como eu fiz na sessão de terapia com a Teresa… falar do meu passado, falar das minhas feridas, principalmente daquelas que ainda estão tão abertas, falar do que me faz mais feliz. E eu poderia muito bem estar cantando mentalmente agora toda trilha sonora da minha vida. 

Mas, enquanto eu começava esse texto, eu percebi que tudo que eu não queria era falar disso. Eu percebi o quão saturada eu estava desses assuntos e desses sentimentos.

E foi aí me veio esse trecho na cabeça “Do you believe in life after love?” 

Essa música fala muito sobre mim, e, tirando o fato de ela ser sobre despedidas, do amor e de si mesmo, a pergunta principal se encaixa demais no momento em que estamos vivendo.

Eu não faço ideia se acredito em uma vida depois do amor… eu nem sei exatamente o quanto eu conheço de amor. E olha que conheço o bastante sobre muitas coisas. E eu acho isso tudo muito engraçado as vezes…

Eu fiquei dias pensando em te mostrar esse texto, em te mostrar um lado que talvez nunca tenha mostrado pra ninguém (é, eu nunca mostrei pra ninguém mesmo), e eu queria fazer isso em um momento especial.

Eu me frustrei, confesso… pensei em desistir algumas vezes. Quis te propor coisas, e depois percebi que ainda não era tempo… mas a verdade é que a gente nunca sabe se vai ter um tempo certo.

Vamos lá… eu quero fugir do convencional, fugir do padrão que eu mesma tracei e que até hoje não deu certo. Eu quero hoje aceitar o que a vida está me oferecendo, o que você está me oferecendo, o que o Universo está berrando nos meus ouvidos sem parar só pra ver se eu finalmente dou atenção.

É… eu quero só aceitar o que está vindo por aí e doar um pouco de mim pra você… eu quero ser boa, quero ser melhor do que tentei ser até hoje, quero poder entregar mais do que a parte pesada da vida sobre a qual já conversamos.

Eu não sou boa nisso sempre.

E você sabe que é verdade aquilo de me fazer ser mais leve e enxergar as coisas boas da vida e das pessoas. Eu te agradeço por isso!

Eu agradeço ao Universo por me permitir viver esse amor. Pelo tempo que for possível. Pelo tempo que for necessário.

E, cara, como é difícil pra mim escrever sobre esse início… lembro de quando escrevi todos esses outros textos, desde aqueles sobre meus amores platônicos àqueles reais e fracassados, e eu sentia tristeza na maior parte das vezes, mas sabia que ficaria tudo bem.

E, agora, aqui, escrevendo esse texto, eu sinto uma gratidão imensa e um medo que não consigo explicar… E isso tudo é muito diferente pra mim, sabe? 

Enfim, hoje estou deixando nas suas mãos a minha vida em forma de palavras… e isso é o máximo que alguém poderia conhecer de mim, saiba disso. Eu estou aqui, vulnerável, me sentindo ridícula às vezes, mas eu estou aqui.

Eu quero estar aqui.

Infelizmente, não posso te oferecer mais que isso hoje. Mas acho que está tudo bem fazer uma pausa pra conhecermos um ao outro, não é? Pra mim, está tudo bem.

Eu vou parar por aqui porque não quero especulações. Vamos aos fatos da virginiana?

Você me ajuda a ser melhor. Você me irrita. Mas você também me faz rir pra caramba! O saldo final é positivo, relaxa. E eu só espero poder retribuir isso a você um dia.

Eu sempre fui passagem, lembra?

Pois é... Estou até evitando pensar nisso porque me faz chorar, mas, se tivermos que ser isso um pro outro, eu só quero que seja uma passagem bem bonita.

Ai, meu Deus! Eu te amo muito, amor!

De verdade.