terça-feira, 20 de abril de 2010

Insegurança. . .


Hoje escuto uma música e me lembro de você, como se já tivéssemos passado uma vida. Mas você passa a sua, e eu sozinha na minha, que por não ter você anda meio banal.

E como dizer em voz alta aquilo que você se tornou, se o que eu mais faço é repetir dentro de mim? Repetir que gosto do que vejo em você, mesmo não vendo o bastante, repetir que não quero me iludir demais, mesmo fazendo isso todas as horas do meu dia...

Como deixar você, se cada pequena coisa daquele mês de outubro te tomou um pouco de mim, ficou com um pouco de ti... O meu perfume, a minha música, até a chuva já pertence a você. Como não me iludir se cada momento se repete pela ordem natural das coisas, e a cada repetição a única imagem costante é você. Na minha cabeça, nos meus olhos, no meu coração que já cansou de viver dessa forma, de morrer dessa forma...

Como saber que seu olhar distante diz algo a mais que a frieza que eu sinto? Me diz como faz, se eu mesma não entendo muito bem como é ser fria, se eu mesma sou assim às vezes sem perceber...

Aquele mês foi culpa minha. Culpada por não desviar o olhar de você! Culpada porque eu sempre soube que se deixasse passar um dia daquele jeito, seria pra sempre, até meus olhos te perderem. E eles perderam, para meu fim que mais parecia um recomeço sem você. E esse foi o dia em que você voltou, trazendo esperança, amor e vida ao meu coração, e com todos esses presentes veio a angústia, o medo e a insegurança...

Agora vivo perdida nos teus olhos, nos meus sonhos, com a minha música e o meu perfume que relembram um mês onde esse ciclo todo começou... O mês mais feliz da minha vida! Mas e se nada valer a pena? Eu nunca vou conseguir te esquecer...


"Permita-me ceder!"

Nenhum comentário: