domingo, 27 de dezembro de 2009

"Is it enough to love?"


E todas as minhas ideias, tudo que eu pensei, tudo que eu quis dizer, ficou em mim... Cada palavra, cada raciocínio, guardado aqui... E mais uma vez eu não consigo me explicar. Eu sei exatamente as palavras, mas alguma coisa me interrompe... As lembranças se aproveitam do meu momento de confusão e me perdem todos os dias por horas.

Me sinto só, reprimida, com um aperto ao ver minha própria tristeza, desilusão, sei lá o que... Meus olhos choram, mas eu não choro. Eu não me permito, como muitas outras vezes... Peço um pouco de vida e as paredes nada dizem... Aquela vida, seria necessária? Conheço cada parte de mim: o ponto de partida e as consequências. Nada me satisfaz, ao perceber que são ideias opostas, desconexas. O meu realismo enfrentando o 'querer'. Analisando em todos os passos, me afundando em mim mesma, descobrindo que nada sou sem as pessoas que eu amo. E, nesse momento decisivo, minha mente gira, toma conta do meu ser sentimentos estranhos, uma avalanche de pensamentos... e a melancolia.


Os dias vão passando, a esperança brilha em meus sonhos. Esperança de ver o fim de tanta confusão, de ver tudo se esvair com o tempo. Eu sei que não vai, mas é melhor pensar assim. Em toda minha pequena vida nunca fui tão 'indecisa', nunca precisei usar palavras inadequadas para tentar conceituar meu estado, minha aflição, minha dor e minha alegria... São tantas coisas misturadas que às vezes tudo começa a explodir, eu começo a explodir...

A realidade trazendo a tristeza; as suposições cheias de esperança trazendo a mágoa e ao mesmo tempo ocupando meu tempo, pra depois novamente vir a minha 'suposta realidade', que hoje nem sei mais se é tão real, trazendo a angústia.
Girando, girando... O mesmo assunto, a mesma motivação, mas nenhuma resposta. Nada!

Às vezes a gente se preocupa com tanta coisa que nem é essencial, em outras a gente apenas tenta se enganar, julgando que não são essenciais, quando são 'seu tudo'. Será o tudo apenas uma vontade, ou ele realmente vem de dentro? Analisando essas questões eu não chego a lugar algum, mas descubro que cada situação é única e posso me contradizer. No final, tudo depende da 'vontade' e da esperança de cada um, e dificilmente duas pessoas podem ter uma mesma vontade. Imagina o mundo inteiro! Não, não imagina... Nesse momento, eu não preciso de um mundo inteiro...

Às vezes a gente só se preocupa, só perdoa, só ama, mas nada disso volta pra gente do jeito esperado. Ninguém ouve, ninguém entende, ninguém perdoa e ama do jeito que a gente quer... Não vivo dizendo que é questão de ponto de vista?! Às vezes a gente busca explicação, pra coisas que nem existem de verdade... Mas a gente continua com uma coisa boa em relação ao mundo, um sentimento bem maior, que nos faz esquecer da indiferença alheia ou das 'desesperanças' que nos deixam pra baixo. Isso não é motivo o suficiente pra acreditar que o que causa tanta confusão vem de dentro? Mas ainda assim não é justo tanta permissão, como não é justo tanta ilusão...

Às vezes a gente pensa muito em coisas fúteis, mas não essas coisas que mantém por tanto tempo minha atenção. O que importa pra mim, pode não interessar a mais ninguém... Apesar de tudo isso, eu penso, me confundo, mas me ligo de tal forma que nem sei explicar o que acontece... Às vezes tudo que a gente pensa e faz não é NADA! =/



"Porque eu fico em pedaços quando fico exposto, e eu não me sinto como se eu fosse forte o suficiente. Porque eu fico em pedaços quando estou solitário, e eu não me sinto bem quando você vai embora."


(Broken)

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